Como trabalhar com um designer de interiores

Pedro Ribeiro Pedro Ribeiro
Musterbuero Hafencity, Studio Uwe Gaertner Interior Design & Fotografie Studio Uwe Gaertner Interior Design & Fotografie Commercial spaces
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Chegados à conclusão de que decorar a nossa casa não é uma tarefa tão divertida como parecia à primeira vista, talvez não seja má ideia pedir a ajuda de um designer de interiores. Ao fazê-lo estaremos a concretizar um projeto pessoal, algo muito próprio que está na nossa mente. Assim, embora seja verdade que colocamos a tarefa nas mãos de verdadeiros profissionais, é importante saber comunicar com eles. E, apesar dos designers de interiores estarem preparados para orientar-nos na concepção do projeto, quanto mais claras forem as ideias, melhor. Por isso não é uma má decisão preparar um pouco a nossa primeira reunião com eles, a fim de sabermos transmitir exatamente o que pretendemos.

Deixamos aqui um breve guia dos temas mais importantes, a fim de esclarecer as diferentes fases que compõem o nosso projeto, que não devemos deixar de abordar. Algumas dicas para facilitar o diálogo, entre nós e o nosso designer de interiores.

Planeamento e programação

A primeira coisa a abordar com o nosso designer vai além do próprio projeto. Não falamos de conteúdo, mas dos detalhes de planeamento e programação do mesmo, já que são os fatores a ter em conta ao realizar a obra. Qual o período de tempo que estamos dispostos a atribuir ao projeto? Quando queremos iniciar e terminar o trabalho? Qual o nível de envolvimento que teremos na obra e qual o nível de responsabilidade que estamos dispostos a conceder aos diversos profissionais? Outros fatores que podem afetar o desenvolvimento do projeto são, por exemplo, se já vivemos na casa que pretendemos decorar ou se em vez disso, estamos a realizar a remodelação antes de nos mudarmos. Em qualquer caso, não desespere, boa organização e um cronograma detalhado, mas flexível, vai poder concretizar tudo mais facilmente.

Estilo e personalidade

Embora cada designer tenha o seu próprio estilo e trabalhe com um tipo de mobiliário, materiais ou cores, convém não esquecer de que somos o cliente e que o resultado final deve ter a ver connosco. Neste caso, as duas partes devem interagir, trata-se de uma colaboração, não de um projeto solitário. Procure entender o estilo pessoal do designer e espreitar o seu portfólio. Do mesmo modo, dê a conhecer os seus gostos e necessidades e traços de personalidade que queremos que a nossa casa transmita. Os decoradores de interiores revelam muitas vezes um conhecimento enciclopédico com grande formação em história da arte e história do design. Eles vão descobrir os móveis, estilos e cores que mais lhe podem interessar. E não há necessidade de querer acompanhar a última moda em decoração, mas definir bem quais as coisas que gostamos ou não. É importante ser claro, mas também importa ser flexível e deixar-se aconselhar. O resultado pode surpreender-nos muito favoravelmente!

Refletir sobre as nossas rotinas

Uma das chaves para contratar um eficaz designer de interiores é a sua capacidade de projetar espaços que se adaptem ao nosso estilo de vida. Portanto, na hora de contratar os seus serviços é necessário considerar alguns aspectos importantes: Qual é a nossa rotina diária? Como vivemos nos nossos espaços? Que estilo de vida temos? Não é o mesmo projetar uma cozinha para alguém que come sempre fora do que para os que gostam de convidar toda a família para jantar. Ter em conta estes detalhes servirá ao designer criar uma habitação adequada às nossas necessidades e facilitará muito a sua tarefa, melhorando o nosso nível de satisfação com o resultado final.

Segurança

Há quem sonhe com uma escada suspensa minimalista ou com uma grande lareira que domine o centro da sala de estar. Embora essas ideias possam parecer fáceis de executar em revistas de design, na hora da verdade podem ser muito mais complicadas do que imaginávamos. O arquiteto de interiores e outros profissionais de design têm formação que nos facilitará o entendimento da complexidade inerente a cada projeto e a viabilidade das nossas ideias. Por isso, não devemos ter medo de partilhar nossos objetivos e preocupações, por mais complexos que sejam. Eles serão capazes de compreender a nossa visão e transformá-la num resultado positivo e, acima de tudo, seguro.

O orçamento

O orçamento é definitivamente um fator decisivo. É importante ser honesto com o designer de interiores, desde o início do projeto. Quanto está disposto a investir no seu projeto? É um número fixo ou flexível? Quais são as suas prioridades? O designer deve considerar todos esses fatores e vai procurar que o orçamento não afete o resultado. Então, com esses dados ele irá encontrar uma alternativa interessante para uma bela e muito cara cadeira italiana pela qual nos apaixonámos ou uma lâmpada singular que nos cativou num hotel em Marrocos. Ele também pode sugerir um modelo mais barato para o piso de cerâmica da cozinha, que nos permitirá investir mais no frigorifico, se isso for relevante para nós. Fazer malabarismo com o orçamento é outra função do designer de interiores, retirar um pedaço da sala e adaptá-lo ao quarto, ou investir mais na piscina e menos no terraço.

Trabalhar com um designer de interiores garante uma solução adequada ao nosso projeto de remodelação da casa. Fique a conhecer melhor o trabalho e as propostas de uma variedade de designers e arquitetos de interiores portugueses e internacionais visitando a nossa secção de especialistas. E você já passou pela experiência fascinante de contratar um design de interiores para renovar o seu espaço?

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